segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Mas eu levantei - Sarah


É, eu desmoronei. E era verdade. Não era um simples exagero como todos dizem.
Mas eu levantei. Uma doce alegria e uma simples esperança me levantaram para a vida e me fizeram perceber que eu não podia simplesmente me deixar vencer.
Percebi que tinha motivos de sobra para viver. E motivos para lutar por cada segundo neste mundo.
Tinha família. Amigos. Pessoas maravilhosas, que eu não podia abandonar e decepcionar.
Tinha minha gata. Não posso imaginar uma vida no outro mundo sem ela. Se é que existe um outro mundo. Tenho que escrever sobre ele. Mas depois, não mudemos de assunto.
A beleza do sol cada dia que ele se levanta e se põe. Que logo é substituída pela beleza da lua, que aparece com um fino sorriso no profundo céu. Ou um lindo círculo prateado que podería fazer todos os lobos desse mundo uivarem até ficarem sem voz.
A beleza e a delicadeza das coisas mais simples.
Uma carta escrita com tinta, e uma caligrafía inclinada.
Uma cereja vermelhinha esperando para ser comida.
Um ovo quebrando-se numa frigideira.
Um cabelo esvoaçando ao vento.
Um passarinho voando.
Uma pena caindo.
Tudo isso me faz ter vontade de sair correndo ao vento numa praia, ou num campo. Nunca consigo me decidir. Ao sol, ou à lua. Como vou saber? Em um bistrô, ou em uma casinha de madeira. Os dois são igualmente delicados!
Mas agora entendi, que cada grãozinho deste mundo está aqui por algum motivo, e está aqui para ser apreciado. E me agarrarei a cada um até que me arrastem deles.

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A Delicatesse